Hossegor etapa WCT França

A próxima parada do tour é na terra das baguetes, queijos e bons vinhos.  A região de Hossegor é sofisticada, elegante e cheia de cultura, mas o que nos interessa mesmo, é o que o mar pode oferecer aos Top 32 do mundo do Surf. E felizmente, não é pouco! Muitos consideram que os melhores beach breaks do mundo estão nessa região.

Como acontece com outros beach breaks famosos mundo a fora, como: Puerto Escondido, Nazaré, Blacks, etc., em Hossegor há um grande Canyon um pouco para fora da costa que faz com que a energia do swell seja canalizado para a região, propiciando ondas mais fortes e maiores que em outras praias.  As ondas costumam ser muito fortes e tubulares, e a qualidade depende um pouco de como está o fundo.

Esse ano os atletas que já estão por lá tem relatado que o fundo está muito bom e nas últimas semanas rolaram diversos dias de altas ondas. Leo Fioravanti disse depois de uma sessão épica: “de todas as vezes que surfei aqui, eu nunca vi a bancada tão boa como está agora”.

As pranchas em Hossegor.

Vai ser uma mistura de pranchinhas performance estreitas para andar nos tubos nos melhores dias, com pranchinhas um pouco menores e talvez com menos rocker para os dias pequenos. Conner Coffin, separou sua Al Merrick Proton 5´10 x 18 ½ x 2 5/16 – 25.7l que é uma pranchinha bem presa para mares cavados e uma Al Merrick Fred Stubble 5´9 x 18 ¾ x 2 5/16 que já é uma pranchinha com mais área de bico e rabeta, e menos Rocker para ondas mais fracas.

Julian Wilson vai usar suas JS Air 17 e Monsta 6 para ondas médias e tem no seu quiver algumas Forget Me Not acima 6´2 e 6´3  e uma step up 6´6 para mares maiores.

Nat Young deve usar sua Al Merrick Rookie 15 (5´11 x 18 ½ x 2 5/16 – 26.5l), mesmo modelo que será usado por Kanoa Igarash que usará uma 5´10. Jordy Smith vai usar seu modelo Al Merrick Girabbit 6´1 ½ x 19 x 2 ½ com 31l. Matt Wilkinson deve usar os modelos DX1 e Ducks Nuts (para mares mais cavados e maiores) ambos da DHD.

Medina, tem usado praticamente a mesma prancha em todas as etapas do Tour, o modelo DFK shapeada por Johnny Cabianca, com a rabeta round. No ano passado ele venceu a etapa da França com uma DFK 5´11 x 19 x 2 7/16 com rabeta round. Em Fiji nesse ano, ele usou uma prancha muito similar: 6´0 x 19 x 2 7/16 também round.

Alguns dados e fatos sobre o Quiksilver Pro em Hossegor:

  • Em 2004 foi uma das finais mais épicas que já ocorreu por lá com ondas na casa dos 10 pés surfadas por Andy Irons e Bruce Irons com muita maestria.
  • Mick Fanning é o recordista de vitórias no WCT da França, com 4 vitórias. Andy Irons venceu 3 vezes por lá e é o segundo maior vencedor da prova.
  • Medina já ganhou 2 vezes por lá, em 2011 e 2015 enquanto seu rival na luta pelo título mundial John John Florence, venceu apenas uma vez, em 2014.
  • Slater ganhou apenas uma vez na França, em 2012.
  • Neco Padaratz é outro brasileiro que já venceu a prova, em 2002.

E o que a previsão diz para o Quiksilver Pro desse ano?

O primeiro dia tem previsão de ter ondas em torno de 1,5 metros e algumas maiores depois do meio dia. Esse swell fica na área na quarta-feira e começa a perder força na quinta-feira. Na sexta-feira as ondas ficam em torno de meio metro e sábado também. No fim de tarde de sábado o mar começa a aumentar novamente com a aproximação de mais um Swell de noroeste.

No domingo deve ter ondas divertidas para acontecer o campeonato, e segunda-feira já deve baixar novamente. O campeonato deve ficar parado até o novo swell entrar, provavelmente quarta ou quinta-feira que vem.