Montando Seu Quiver 2

O meu texto do último dia 22, eu escrevi um pouco sobre o quiver para levar para a Indonésia, o número de pranchas, o tipo de prancha e quantidade. Hoje, eu vou aprofundar um pouco o tema, visando dar mais subsídios para você montar o quiver. Vou novamente segmentar as pranchas em 3, de acordo com as condições de ondas que você vai encontrar por lá:

Prancha - Step-Up - Alguns me questionaram sobre a necessidade de ter uma prancha algumas polegadas maiores, para ondas acima de 2 metros, indicando que nesses casos talvez nem entraria no mar. Mesmo se a ideia for pegar ondas de até 1,5 metros para marinheiros de primeira viagem, talvez uma prancha maior lhe dê uma segurança extra no drop, ou maior poder de remada para sentar um pouco mais atrás no lineup.

Outros não veem a necessidade de uma prancha muito maior para os picos onde vão surfar. Claro, nem todas as ondas da indonésia são iguais e alguns lugares não seguram ondulação maior. Se esse for o caso, a Step-up pode ser substituída por uma outra de performance. Pode-se usar a step up de maneira similar a de performance com 1 ou 2 polegadas a mais, para ondas um pouco melhores ou até como substituta da pranchinha de performance, se por acaso essa se quebrar.

Sobre volume e medidas da Step-up via de regra segue o que você utiliza nas pranchinhas de performance. Normalmente, diminui-se um pouco a largura e mantem-se o volume o mesmo ou um pouco superior. Para Step-ups algumas polegadas maiores, quase semi gun, para ondas de mais responsa, ai pode-se aumentar um pouco mais o volume em relação ao que você costuma usar nas pranchas de performance.

Prancha Performance - Precisa mesmo ser round? Foi o que vários surfistas me perguntaram porque muitos não gostam de usar essa rabeta. Claro que não precisa, existem muitos modelos de pranchas de performance que não são rounds, como: a Rusty Yes Thanks, a Rusty Model 8, a DHD Dx1, a Js Monsta 6, a Al Merrick Fred Rubble e Rookie 15 e muitas outras. Todas essas têm em comum uma rabeta squash estreita, que apesar de não ser round, vão segurar muito bem nas ondas da Indonésia.

Para a prancha de performance cabe uma reflexão. Que tipo de onda você vai usar ela lá na Indonésia? E aqui no Brasil? Se a resposta for somente em tubos, não hesite em escolher um modelo bem performance, estreito e com a rabeta round. Se a resposta for em ondas para manobrar que podem ter tubos, aí você deve escolher modelos um pouco menos específicos, como os citados no parágrafo acima, com um pouquinho mais de área no bico e a rabeta pode ser squash.

Prancha Híbrida- Como já explorei no primeiro texto sobre o quiver, essa pode ser a prancha que você costuma usar no Brasil, que normalmente tem uma remada boa, pouco rocker para passar as sessões gordas da onda e algumas polegadas a menos do que a pranchinha de performance.

Alguns podem preferir levar pranchas “merrequeiras” mesmo que são bem mais largas e grossas que as híbridas e são projetadas para as ondas pequenas mesmo. A favor dessas pranchas está a remada absurda e um surf mais horizontal, mais focado em arcos mais lentos.

Indo- Surfboards- Guia de pranchas

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