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O mercado de pranchas de Surf, mais especificamente de tecnologias e novos materiais para construção de pranchas tem avançado bastante rapidamente nos últimos anos. Há alguns anos, mal se encontravam pranchas feitas em EPS/Epoxi no Brasil, e hoje a maioria das grandes marcas já trabalham com essa tecnologia.

Mesmo as pranchas em EPS/Epoxi tem apresentado inúmeras variações em suas construções, como presença ou ausência de longarina, reforços feitos em carbono e Kevlar em diversos pontos e com formatos diferentes que acabam alterando a flexibilidade e “torsão” em locais diferentes da prancha, o que resulta em diferentes comportamentos da prancha e consequentemente em performances diferentes.

Muitos surfistas preferem as pranchas construídas em Pu com resina de poliéster, outros gostam de construções de EPS/Epoxi para determinados tipos de ondas, mas ainda não há um consenso sobre qual a melhor construção no geral. Entretanto, para os shapers e pessoal de desenvolvimento da Rusty, essa questão acaba de ser resolvida com a chegada da nova tecnologia de construção da Rusty, chamada de Torsion Spring.

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A tecnologia Trosion Spring conta com um bloco de EPS muito diferente dos blocos de EPS usados hoje em dia. Esse bloco especial tem as células fechadas (diferente do bloco normal de EPS) e por esse motivo praticamente não absorve água, o que é uma ótima notícia caso a prancha sofra alguma avaria pode-se continuar a surfar sem que o bloco fique cheio de água - que é o que acontece hoje com as pranchas em EPS-. Outro ponto positivo é que esse bloco fica no meio do caminho entre PU e EPS no que se refere a flutuação. Nem tão dentro da água como PU, nem tão fora da água como EPS.

Outro ponto a favor da Torsion Spring é que ela é laminada a vácuo, no intuito de retirar o excesso de resina e poder carregar mais nas fibras. A Rusty usou na composição, um tecido biaxial, que normalmente absorveria muita resina se laminado só manualmente. A consequência disso tudo é que a prancha fica super resistente e com a flexibilidade ideal e almejada pela Rusty.

O fato de não ter longarina também é um ponto a favor da Torsion Spring, uma vez que a logarina divide a prancha em duas bandas que não conversam uma com a outra. Quando você faz uma curva, fazendo uma pressão danada, uma das bandas torce, mas essa torção tem que passar para o outro lado da prancha e isso não acontece quando há a longarina.

Por esses e outros motivos que a equipe da Rusty está tão otimista e empolgada com a nova tecnologia criada. Em conversa com um dos principais shapers da Rusty, ele nos afirmou que os resultados são incríveis e que se trata de uma Revolução na indústria de pranchas.

Nós do comSurf seremos os primeiros a testar essa nova tecnologia no Brasil e a vendar as pranchas por aqui com a tecnologia Torsion Spring. Acreditamos que a partir de meados de junho começará a produção e em seguida já teremos algumas pranchas com essa tecnologia em nosso estoque. Abaixo um comparativo feito pela Rusty sobre a nova tecnologia:

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